Pesquisa

Christiane Jatahy é autora, diretora de teatro e cineasta. Formada em teatro e jornalismo com pós-graduação em Arte e Filosofia.

Seus trabalhos desde 2003 dialogam com distintas áreas artísticas. Montou diversas peças que transitam entre as fronteiras da realidade e da ficção, do ator e do personagem, do teatro e do cinema.

Escreveu e dirigiu os seguinte trabalhos a partir de 2004; “Conjugado,   “A Falta que nos move ou Todas as histórias são ficção” e “Corte Seco”.

Criou e dirigiu o filme “ A Falta que nos move”. filmado em 13 horas contínuas, sem corte, por três câmeras na mão. O material resultou em um longa metragem que participou de festivais de cinema nacionais e internacionais e permaneceu 12 semanas em cartaz nos cinemas brasileiros. O material bruto do filme foi exibido em três telas de cinema com projeções simultâneas, durante 13 horas continuas na Parque Lage, no Teatro São Luiz em Lisboa e no CentQuatre em Paris.

Criou e dirigiu em Londres o projeto “ In the comfort of your home” um doc/ vídeo- instalação com performances de 30 artistas brasileiros em casas inglesas. Foi diretora convidada em 2016 para l’École de Maîtres.

Aprofundando a relação entre o teatro e cinema, criou, “Julia”, adaptação da obra “Senhorita Julia” de Strindberg. “Julia” é uma mistura de teatro e cinema ao vivo. A peça/filme foi apresentada nos principais festivais internacionais e teatros europeus. Por esse trabalho ganhou o Prêmio Shell de Melhor Direção em 2012.

Em 2013 desenvolveu o projeto de instalação audiovisual e documentário “Utopia.doc” em Paris, Frankfurt e São Paulo.

Estreou em 2014 a criação “E se elas fossem para Moscou?” a partir da obra “As três irmãs” de Anton Tchekhov, uma peça e um filme simultâneos mostrados em dois espaços distintos. Por esse trabalho ganhou os Prêmios Shell, Questão de Critica e APTR. “E se elas fossem para Moscou” segue viajando para festivais na Europa e nos Estados Unidos.

Fechando a trilogia que inclui “Julia” e “E se elas fossem para Moscou?”, criou em 2016 “ A Floresta que Anda” uma livre adaptação de “Macbeth” de Shakespeare, uma obra que conjuga; vídeo-instalação documental, performance e cinema ao vivo.

Em 2017, a convite da Comédie-Française, criou para a Salle Richelieu o espetáculo “A Regra do Jogo” baseado no filme homônimo de Jean Renoir. Neste mesmo ano, a convite do Festival Theater der Welt e do Thalia Theater de Hamburgo criou a instalação/ performance Moving People e uma versão do texto “Na solidão dos campos de algodão” de Bernard-Marie Kòltes.

Foi artista convidada na cidade de Lisboa em 2018, apresentando todos os seus trabalhos nos principais teatros e cinemas.

Em 2018, começou a desenvolver o díptico “Nossa Odisséia”, a partir da Odisséia de Homero. A primeira parte intitulada “Itaca” estreou no Ódeon Théâtre de l’Europe em Paris, a segunda parte, “O agora que demora”, foi filmada na Palestina, Líbano, África do Sul, Grécia e na Amazônia, é um filme que se constrói em diálogo com o teatro, e mistura a ficção grega com histórias reais de artistas refugiados. A criação, com produção do Théâtre National Wallonie Brussels e do SESC estreou em São Paulo em maio de 2019 no Festival d’Avingon em julho de 2019. Com diversos co-produtores a peça seguirá em turnê pela Europa, Ásia e EUA.

Atualmente, Christiane Jatahy, é artista associada do Odéon-Théâtre de L’Europe, do CENTQUATRE-PARIS, da Schauspielhaus Zürich, do Arts Emerson Boston e do Piccolo Teatro de Milano.